Mulheres na Justiça do Trabalho: Anamatra participa de lançamento sobre o tema, no TST

Anamatra

Comissão Anamatra Mulheres teve participação direta na construção da obra coletiva, escrita por 37 autoras

O presidente e a vice-presidente da Associação Nacional de Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Luiz Colussi e Luciana Conforti, participaram do lançamento do livro ‘Mulheres na Justiça do Trabalho: 80 anos em perspectiva’, na terça-feira (18/10), na sede do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília (DF). O livro é fruto de estudos sobre gênero e tem participação direta da Comissão Permanente Anamatra Mulheres na construção da obra.

Membros da Diretoria e do Conselho de Representantes da entidade também estiveram presentes ao evento, que contou com a abertura do presidente do TST e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), ministro Lelio Bentes, e de outros integrantes da Corte.

Para o ministro Bentes Corrêa, o desafio de tornar a Justiça do Trabalho mais equânime deve ser tratado como prioridade. "O TST sempre foi vanguardista e precisa sempre avançar. A magistratura trabalhista hoje é praticamente 50% feminina, no primeiro grau, onde o recrutamento se dá por concurso público, exclusivamente em razão do mérito. Já quando passamos as promoções para os Tribunais Regionais do Trabalho e para o Tribunal Superior do Trabalho, há uma barreira invisível que limita a atuação feminina na nossa magistratura. Mas, com certeza, essas barreiras serão vencidas e nós alcançaremos a efetiva equidade de gênero na Justiça do Trabalho", afirmou.

Para Luciana Conforti, a busca por mais equidade no Judiciário passa pelo trabalho associativo que a Anamatra realiza e a publicação registra e coroa uma parte importante dessa atuação. “Promovemos a formação de novas líderes, incentivamos a produção de conhecimento pelas magistradas, a exemplo dos artigos deste livro, e estimulamos a participação das mulheres nas listas de promoção e para os cargos diretivos dos Tribunais”, comentou magistrada, que além de ser vice-presidente da entidade, coordena a Comissão Anamatra Mulheres.

Conforti é a autora do artigo intitulado 'Essencialidade da equidade de gênero no Poder Judiciário e o papel da Justiça do Trabalho para o alcance da igualdade nas relações de trabalho'. Já a diretora de Comunicação da entidade, juíza Patrícia Sant’Anna, abordou o tema 'Prerrogativas das magistradas: a urgência da atuação associativa com perspectiva de gênero', em artigo assinado em parceria com a juíza Gabriela Lenz de Lacerda (Amatra 4/RS).

Também participam da obra a diretora de Informática da Anamatra, juíza Elinay Ferreira, que discutiu o tema 'Teto de Vidro: as microagressões de gênero e os desafios de ser mulher e magistrada na Justiça do Trabalho'. O artigo é assinado em parceria com a magistrada Adriana Manta.

Confira outros artigos assinados por integrantes da Comissão Anamatra Mulheres:

‘Gênero, raça e Judiciário’
Autora: Bárbara Ferrito

‘Tornar-se juíza considerações de gênero e raça na magistratura trabalhista’
Autoras: Manuela Hermes de Lima e Viviane Christine Martins Ferreira

‘Divisão sexual do trabalho, teto de vidro e piso pegajoso: de que forma estas questões impactam a carreira das magistradas’
Autoras: Vanessa Karam de Chueiri Sanches e Natália Queiroz Cabral Rodrigues

‘Tecendo histórias de juízas do Trabalho em perspectiva: do passado até os dias atuais’
Autora: Patrícia Maeda

‘“Eu trabalho na casa de uma juíza”: magistratura, trabalho doméstico e feminismos’
Autora: Lisandra Cristina Lopes

A obra coletiva é assinada pela ministra do TST Morgana Richa, coordenadora do Observatório Excelências Femininas, em conjunto com a desembargadora Tereza Aparecida Asta, do TRT da 15ª Região (Campinas/SP), a juíza Ana Paula Saladini, titular da Vara do Trabalho de Cambé (PR) e vice-coordenadora da Escola Judicial do TRT 9, e a assessora Adriene Domingues Costa, coordenadora de Pesquisas da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat).

O livro é idealizado pelo Observatório Excelências Femininas, de iniciativa do TST. O grupo, instituído em março deste ano, tem o propósito de inserir um olhar institucional a respeito da participação feminina na Justiça do Trabalho e propiciar reflexões sobre o reconhecimento profissional das magistradas, além de propor ações concretas em prol da equidade de gênero dentro do Poder Judiciário.

Vale ressaltar a participação de nomes como das ministras do TST Delaíde Arantes e Cristina Peduzzi, a ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Maria Cláudia Bucchianeri Pinheiro e a ex-presidente do TST Maria Cristina Peduzzi.. Ainda pelo TST, o ministro Aloysio Corrêa da Veiga e ex-presidente do Tribunal ministro Emmanoel Pereira também participam da obra, ficando a cargo, respectivamente, do prefácio e da apresentação do livro.

 

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