Amatra 9 (PR) realiza Ato Público em defesa do Poder Judiciário

Entidade repudia cortes orçamentários impostos à Justiça do Trabalho

A Amatra 9 (PR) realizou no início da tarde de ontem (28/3), em Curitiba, Ato Público em defesa do Poder Judiciário e em repúdio aos cortes orçamentários impostos à Justiça do Trabalho. A manifestação ocorreu no Fórum Trabalhista de Primeiro Grau, centro da capital paranaense, reunindo juízes, desembargadores e magistrados aposentados.  

“A cada dia surgem novos fatos e revelações comprovando o que já devia ser de conhecimento comum: a corrupção é uma doença epidêmica e asquerosamente democrática porque atinge todos os níveis da administração pública e não faz distinção partidária ou ideológica”, ressaltou o presidente da Amatra 9 e diretor Administrativo da Anamatra, Paulo da Cunha Boal, ao falar sobre os recentes acontecimentos no cenário político brasileiro.

O dirigente associativo destacou em seu pronunciamento que “é em momentos como este o Poder Judiciário deve reafirmar à sociedade que é capaz de defender a República e seus princípios democráticos, atuando de forma independente e serena, sem se deixar subjugar pelos interesses políticos, intimidações de quem quer que seja ou à sedução do clamor das ruas”.

Levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revela que pouco mais de 16 mil juízes são responsáveis pela condução de 100 milhões de processos no Brasil, sendo que 182 magistrados sofrem ameaça de morte e vivem sob escolta policial, a maioria deles operando em varas criminais e trabalhistas. “Por isso não aceitamos qualquer adjetivo que se aproxime de omisso ou covarde porque a cada dia de nossa carreira demonstramos extrema dedicação e coragem, munidos basicamente de nossa capacidade moral e intelectual para dirimir os conflitos que nos apresentam”, frisou Paulo Boal.

De acordo com o magistrado, ao mesmo tempo em que a coragem e a capacidade do Poder Judiciário são colocadas em dúvida, o Congresso Nacional aprovou cortes profundos no orçamento para 2016, sob o argumento de que são necessárias alterações legislativas para diminuir a demanda na Justiça do Trabalho. “Ao final, a nós cabe a tarefa de manter o atendimento diligente, responsável e eficaz que fornecemos a parte significativa de nossa população, independentemente do corte a que fomos submetidos”, afirmou o presidente da Amatra 9.

Campanha
Também com o objetivo de se manifestar contra os cortes orçamentários impostos à Justiça do Trabalho por meio da Lei Orçamentária Anual de 2016, a Anamatra lançou, no mês de fevereiro, Campanha Nacional “A Justiça do Trabalho é eficiente e deve continuar assim”, a partir campanha regional encabeçada pela Amatra 8 (Belém/PA). Em diversas peças, a associação alerta para as ameaças sofridas pelo Judiciário Trabalhista desde os cortes orçamentários de 90% no investimento e de cerca de 30% no custeio dos tribunais, comprometendo o funcionamento dos órgãos de primeiro e segundo graus.

Clique aqui e saiba mais sobre a Campanha

* Texto e foto Ascom/Amatra 9(PR)

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