Juízes do Trabalho do Recife param atividades por melhorias no fórum

Movimento contou com adesão de quase 50 magistrados, além de servidores

A paralisação de advertência dos magistrados do trabalho, nesta quinta-feira (09.10) foi totalmente exitosa. Cerca de 50 juízes deixaram suas atividades em protesto às condições em que se encontram o Fórum José Barbosa de Araújo, no Edifício Sudene, onde funcionam as 23 Varas do Trabalho do Recife, no bairro do Engenho do Meio, e participaram de ato público para alertar a sociedade sobre os riscos do prédio.

O presidente da Amatra 6 (PE), André Machado, observou que a adesão reflete a preocupação com riscos enfrentados pelos juízes, servidores, advogados e público que diariamente acessa as dependências do fórum. "Nosso movimento é em favor da vida, da dignidade no ambiente de trabalho", reforçou Adelmy Acioli, diretor de Prerrogativas da entidade.

Com o movimento, cerca de 350 audiências deixaram de ser realizadas e serão reagendadas para a data mais próxima, de modo a não prejudicar as partes. "Este movimento é tão legítimo que muitos nos procuraram para prestar solidariedade, diante da gravidade do caso", disse o vice-presidente da Amatra, Rafael Val Nogueira.

Várias entidades, como Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Associação dos Advogados Trabalhistas (AATP), os sindicatos dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal em Pernambuco (Sintrajuf), dos Servidores Públicos (Sindserp) e a Federação dos Trabalhadores do Judiciário Federal (Fenajuf), participaram do ato público e manifestaram apoio à paralisação. "O Judiciário trabalhista fala mas não faz: lança campanha do Trabalho Seguro, mas não cumpre o que defende, que são condições dignas de trabalho" advertiu Marcondes Oliveira, representantes da OAB/PE.

INSEGURANÇA – Servidores públicos também participaram do movimento e o apoio dos juízes quanto ao não desconto do dia não trabalhado. "Normas internacionais do trabalho asseguram o direito de manifestação quanto ao ambiente inseguro", disse Machado, lembrando que os juízes mantêm o estado de assembleia permanente, avaliando os desdobramentos das reivindicações já encaminhadas ao TRT.

Construído em 1974, o prédio da Sudene abriga, além das Varas do Trabalho, diversos órgãos governamentais, e sem manutenção enfrenta sérios problemas estruturais: elevadores quebrados,  fios elétricos expostos, banheiros interditados, infiltrações, entre outros. Além de obras emergenciais, a Amatra cobra a designação de um síndico para cuidar da administração do local, e o resultado de laudos dos Bombeiros, Defesa Civil e CREA, autorizando o funcionamento do local.

Fonte: Ascom Amatra 6/PE

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