Consultor ressalta importância do aspecto humano no ambiente de trabalho

Eugenio Mussak faz conferência sobre a (des) humanização da carreira do juiz do Trabalho no terceiro dia do 16º Conamat

Uma crítica ao ambiente de trabalho que não leva em conta a preocupação com o aspecto humano. Esse foi o tom da palestra “A (des) humanização da carreira do juiz do Trabalho”, proferida na tarde desta quinta-feira (3/5) no 16º Conamat. A mesa foi presidida pela juíza Viviane Leite (Amatra 5/BA) e contou com a presença do ex-presidente da Anamatra Hugo Melo Filho.

O consultor iniciou sua intervenção falando de problemas atuais da sociedade, entre eles os de relacionamento interpessoal, a má administração do tempo e a dificuldade na gestão de pessoas. “Sozinhos somos frágeis demais. Não conseguimos viver sozinhos, mas ainda não aprendermos a viver em parceria”, opinou. Sobre o tempo, falou da necessidade de vencê-lo. “O tempo é o único patrimônio que uma vez usado não tem como recuperar. Aproveitamos o tempo quando trabalhamos, produzimos, fazemos algo pelo outro, aprendemos ou quando fazemos algo por prazer, alegria, felicidade”.

Dentro da perspectiva da gestão de pessoas fez uma análise evolução das teorias da administração, que demonstram quais são os fatores que influenciam no desempenho do indivíduo dentro do ambiente de trabalho, o que inclui o conhecimento, a habilidade e a atitude. Mais recentemente, de acordo com Mussak, adicionaram-se a esses fatores os valores. “Os magistrados podem ser competentes, mas dependem de estrutura”, exemplificou.

Mussak falou da importância de que os agentes políticos, incluindo os magistrados, tenham noções de gestão de pessoas e de liderança. “Gestão de pessoas é diferente de gestão de coisas. Coisas envolvem planejamento, organização e controle. Já na gestão de pessoas temos levar em conta que não conseguimos controlar a alma de ninguém”.

Segundo o consultor, as pessoas precisam de liderança, motivação, significado e desenvolvimento permanente. “Vocês são líderes no momento da audiência. A sua atitude como líderes vai marcar a humanização do ambiente ou não”, disse. Nesse aspecto ressaltou que as pessoas têm expectativas de reconhecimento, desenvolvimento e pertencimento. “A relação só será feliz se a expectativa dos dois lados for atendida, é o que os senhores procuram fazer nas audiências de conciliação. Talvez essa seja a grande arte”.

Ao final de sua exposição, Mussak voltou a falar da importância dos valores dentro do ambiente de trabalho e lançou um questionamento: “O funcionário do tribunal sabe que está fazendo justiça ou está apenas carimbando processos?”. Segundo o consultor, é necessário que as pessoas trabalhem, aprendam e tenham prazer. “Somos feitos da mesma matéria que compõe o nosso sonho. Vamos sonhar juntos. Meu sonho é que tenhamos um país onde a confiança esteja presente em nossos lares e em nossos corações”.

 

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