‘Justiça do Trabalho atende adequadamente à litigiosidade trabalhista’, aponta Anamatra

Gláucio Dettmar/CNJ

Presidente da Associação participa de reunião no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e entrega parecer científico sobre o tema ao ministro Luís Barroso

A presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Luciana Conforti, participou, nesta segunda (29/4), no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de reunião convocada pelo presidente do órgão, ministro Luís Barroso, para debater a temática da litigiosidade trabalhista. O encontro contou com a participação de dezenas de representantes de instituições de classe, de trabalhadores e de empregadores, de órgãos dos Poderes Judiciário e Executivo e de acadêmicos.

Em sua participação, a presidente da Anamatra enalteceu a iniciativa do ministro de discutir o tema. Para Luciana Conforti, o aprofundamento do estudo é importante para melhor esclarecimento sobre a estrutura e políticas do Judiciário trabalhista, assim como, no tocante à arrecadação de contribuições previdenciárias e fiscais, além dos impactos da atuação desse segmento especializado do Poder Judiciário, com mais de 80 anos de existência.

Como forma de contribuição para os debates, a presidente da Anamatra entregou ao ministro Barroso parecer temático que expõe diversos vieses para a melhor compreensão da matéria, trazendo, por exemplo, estudos comparados, dados econômicos e estatísticos dos processos que tramitam na Justiça do Trabalho. O documento é assinado pelas professoras titulares Gabriela Delgado (UnB) e Maria Cecília Lemos (UDF).

‘Trata-se de iniciativa da Anamatra que alia a atuação associativa em torno da defesa do Direito do Trabalho e da Justiça do Trabalho a pesquisas científicas, para melhor embasamento e direcionamento político da entidade’, explica a presidente.
Entre as principais causas da litigiosidade trabalhista no Brasil, aponta o documento, está o descumprimento habitual da legislação trabalhista, no tocante aos direitos mais básicos, como verbas rescisórias.

Nessa linha, segundo a análise acadêmica apresentada ao CNJ, para além das causas da litigiosidade, ao se avaliar a atuação propriamente dita da Justiça do Trabalho, é seguro afirmar a sua imprescindibilidade para a sociedade brasileira. Além da vocação conciliatória, na atuação da Justiça do Trabalho inserem-se a promoção dos direitos fundamentais e a articulação de ações concretas para o enfrentamento de problemas sociais contemporâneos, como o trabalho escravo, o trabalho infantil, os acidentes de trabalho e o adoecimento, os assédios e a discriminação; além da diversidade e inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.

Segundo Conforti, ‘a Justiça do Trabalho atende adequadamente à litigiosidade trabalhista (não só com a prestação da jurisdição, mas com outras ações) e as causas trabalhistas não possuem uma única causa, mas refletem um conjunto de valores que traduzem mazelas existentes no país, sendo ações fundamentais para mudar esse quadro, sem prejuízo de outras, o fortalecimento do sistema protetivo do trabalho, da Justiça do Trabalho, do Ministério Público do Trabalho e da fiscalização trabalhista’, analisa a Anamatra.

Clique aqui e confira a íntegra do parecer.

Receba nossa newsletter

SHS Qd. 06 Bl. E Conj. A - Salas 602 a 608 - Ed. Business Center Park Brasil 21 CEP: 70316-000 - Brasília/DF
+55 61 3322-0266
Encarregado para fins de LGPD
Dr. Marco Aurélio Marsiglia Treviso
Diretor de Assuntos Legislativos da Anamatra
Utilizamos cookies para funções específicas

Armazenamos cookies temporariamente com dados técnicos para garantir uma boa experiência de navegação. Nesse processo, nenhuma informação pessoal é armazenada sem seu consenso. Caso rejeite a gravação destes cookies, algumas funcionalidades poderão deixar de funcionar.