Mais eficazes e rentáveis, mulheres ainda enfrentam dificuldades no acesso aos cargos de poder, apontam pesquisas

Presidente Luciana Conforti falou sobre o tema durante o 27º Congresso Goiano de Direito e Processo do Trabalho

“Liderança inclusiva: o protagonismo feminino no mercado de trabalho e nas mesas deliberativas”. Esse foi o tema da palestra ministrada pela presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Luciana Conforti, que participou do 27º Congresso Goiano de Direito e Processo do Trabalho.

O evento é uma realização do Instituto Goiano de Direito do Trabalho (IGT), em conjunto com o Tribunal Regional do Trabalho de Goiás e a Associação dos Magistrados Trabalhistas da 18ª Região (Amatra18). Luciana Conforti compôs o painel de abertura do evento, juntamente com a presidente da Abrat, Bernadete Kurtz.

Em sua fala, a presidente da Anamatra lançou luz a diversos dados que demonstram a necessidade de políticas públicas que estabeleçam mais igualdade de oportunidades para as mulheres. Por exemplo, de acordo com dados da Barbara Annis Associates (BAA), 82% das mulheres se sentem excluídas no ambiente corporativo, seja em reuniões formais, encontros ou conversas informais, eventos ou mesmo ao receber feedback.

Esse ambiente hostil tem feito diversas mulheres abdicarem de cargos de liderança. É o que mostra outra pesquisa da BAA, que ouviu 2.400 mulheres que deixaram a chefia em empresas listadas na Fortune 500, lista das maiores companhias dos EUA por receita. Dentre os motivos citados para a saída, os 5 principais foram: 68% não se sentiam valorizadas; 65% se sentiam excluídas; 64% estavam em ambientes dominados por homens e tinham falta de pertencimento; 55% não tinham a mesma oportunidade dos homens para avançar na carreira; 30% relataram problemas para conciliar a vida pessoal e profissional.

Na contramão desses dados, o IBGE levantou que apesar de mais bem instruídas, as mulheres no Brasil ainda têm mais dificuldade para alcançarem os cargos de liderança e gestão. Em 2019, apenas 37,4% dos cargos de gestão eram ocupadas por mulheres. Na mesma linha, reportagem da Forbes mostra que mulheres CEOs lideram apenas 10% das empresas da Fortune 500, o que evidencia a necessidade de mais mulheres em todos os níveis de liderança, não só em favor da representatividade, mas porque mulheres são excelentes líderes e tê-las à frente dos negócios é muito vantajoso.

Com base em pesquisas consistentes, a matéria mostra que ter mulheres nos cargos de liderança da às empresas 12 vezes mais chance de estar entre as 20% melhores em desempenho financeiro. Além disso, ficou demonstrado que lideranças femininas superam as masculinas em todos os níveis de gerenciamento e faixas etárias. Confia a matéria na íntegra.

Na visão de Luciana Conforti, o desafio para se alcançar o verdadeiro protagonismo das mulheres no mercado de trabalho e nos espaços de poder “é superar as causas que afastam as mulheres do trabalho, que impedem a sua continuidade no emprego e respectiva ascensão. Assim, deve-se afastar estereótipos, assimetrias, opressões e discriminações para o alcance de uma sociedade mais igualitária, fraterna, justa e solidária”, apontou.

Programação
O evento, que segue até esta sexta (22), discute temas como os desafios da CLT, a relação entre a pejotização, o trabalho autônomo e a competência da Justiça do Trabalho, entre outros.

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Diretor de Assuntos Legislativos da Anamatra
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