“Inabalada restou a nossa democracia, como inabalada continua”, afirma ministra Rosa Weber

Presidente do CNJ conduziu os trabalhos da 1ª Sessão Ordinária do CNJ em 2023

O presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Luiz Colussi, o diretor de Prerrogativas e Assuntos Jurídicos, Marco Treviso, e o diretor de Assuntos Legislativos, Valter Pugliesi, acompanharam, nesta terça (14/2), a 1ª Sessão Ordinária do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023, na sede do órgão, em Brasília.

Em sua fala de abertura, a presidente do CNJ, ministra Rosa Weber, falou do simbolismo da sessão, que é a primeira desde os atos golpistas cometidos no último dia 8 de janeiro, contra as sedes do Três Poderes.

A magistrada lembrou que, apesar dos grandes prejuízos causados por essas ações criminosas, o Poder Judiciário se mostrou ainda mais forte na defesa do Estado Democrático de Direito. Como lembrou Weber, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), que foi gravemente depredado, foi reconstruído em tempo recorde, de modo que pôde sediar a cerimônia de Abertura do Ano Judiciário, já no dia 1o de fevereiro.

"Essa simbólica reconstrução evidencia que o sentimento de reverência à justiça, que não reside na argamassa ou nos tijolos dos prédios e, sim, no espírito das entidades democráticas, supera qualquer espécie de ódio irracional ou de fanatismo. Inabalada restou a nossa democracia, como inabalada continua”, destacou Weber.

A presidente destacou a necessidade de responsabilização dos atos criminosos de 8 de janeiro, sem qualquer hesitação, o que já vem sendo feito, e reafirmou: “O Poder Judiciário brasileiro, como um todo, segue incólume em seu elevado mister de dizer e tornar efetivo o direito, viabilizando a vida em sociedade e o valor justiça, no âmbito das respectivas funções jurisdicionais e administrativas, pautados sempre pela Constituição e pelas leis da República”, disse.

Domicílio Judicial Eletrônico
A sessão também marcou o lançamento do Domicílio Judicial Eletrônico, que foi apresentado pelo juiz auxiliar da Presidência do CNJ, Ricardo Fioreze. A ferramenta concentrará todas as citações, intimações e demais comunicações processuais enviadas pelo Poder Judiciário a pessoas físicas e jurídicas. A ferramenta é uma das soluções tecnológicas do Programa Justiça 4.0.

Conforme explicou o juiz auxiliar, o Domicílio será disponibilizado em duas etapas. Na primeira, os tribunais brasileiros terão o prazo de 90 dias para integrar os seus sistemas de Processo Judicial Eletrônico (PJE) à Plataforma Digital do Poder Judiciário Brasileiro (PDPJ). Na segunda etapa, que será divulgada posteriormente pelo CNJ, todas as pessoas jurídicas (públicas e privadas) serão obrigadas a se cadastrar no sistema e, com relação às pessoas físicas, o cadastramento se dará de forma facultativa.

Julgamentos
Constavam da pauta da sessão de hoje 26 itens a serem julgados, mas cinco deles foram adiados. Entre os processos, serão apreciadas reclamações disciplinares, procedimentos de controle administrativo e revisões disciplinares, entre outros. Clique aqui para assistir à sessão na íntegra.

Também estiveram presentes os presidentes da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Nelson Gustavo Mesquita Ribeiro Alves, e da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Frederico Mendes Júnior.

Receba nossa newsletter

SHS Qd. 06 Bl. E Conj. A - Salas 602 a 608 - Ed. Business Center Park Brasil 21 CEP: 70316-000 - Brasília/DF
+55 61 3322-0266
Encarregado para fins de LGPD
Dr. Marco Aurélio Marsiglia Treviso
Diretor de Assuntos Legislativos da Anamatra
Utilizamos cookies para funções específicas

Armazenamos cookies temporariamente com dados técnicos para garantir uma boa experiência de navegação. Nesse processo, nenhuma informação pessoal é armazenada sem seu consenso. Caso rejeite a gravação destes cookies, algumas funcionalidades poderão deixar de funcionar.