Anamatra defende o estabelecimento de uma cultura de prevenção a acidentes do trabalho

Vice-presidente Luciana Conforti concedeu entrevista à Rádio Justiça sobre o tema

Em alusão ao Dia Nacional da Prevenção de Acidentes do Trabalho, celebrado nessa quarta (27/7), a vice-presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Luciana Conforti, concedeu, nesta quinta (28), entrevista à Rádio Justiça.

A magistrada lembrou que o tema é de grande relevância para a Justiça do Trabalho, que tem atuado de forma contundente para conscientizar a população sobre a importância da prevenção de acidentes e doenças do trabalho. Para Conforti, além do uso dos chamados Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), é necessário analisar cada atividade laboral, para que se construa um planejamento que identifique os seus riscos específicos, de modo a evitar os acidentes. “Muitos acidentes podiam ser evitados se houvesse um planejamento mínimo das atividades e uma preocupação com a segurança”, avalia.

Ao falar da importância de tratar deste tema no âmbito das escolas, a vice-presidente da Anamatra citou o trabalho desenvolvido pelo Programa Trabalho, Justiça e Cidadania (TJC), iniciativa da entidade, que leva conhecimentos básicos sobre direitos dos trabalhadores a estudantes de escolas públicas de todo país, inclusive sobre prevenção a acidentes do trabalho. Nesse sentido, Conforti afirmou que é primordial o estabelecimento de uma cultura de prevenção a acidentes de trabalho, lançando mão de discursos que dizem que o uso dos EPIs atrapalha o trabalho e gera burocracia, por exemplo. “Nós temos sempre que cultuar a proteção, pois vemos que ela é efetiva e reduz o número de casos, não só dos acidentes, mas dos adoecimentos também”, apontou.

Confira a entrevista na íntegra.

Saiba mais sobre o TJC.

Sobre a data
Dia Nacional da Prevenção de Acidentes do Trabalho tem o objetivo de alertar empregados, empregadores, governos e sociedade civil para a importância de práticas que reduzam o número de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, promovam um ambiente seguro e práticas saudáveis em todos os setores produtivos. A data tornou-se oficial em 1972, depois de regulamentada a formação técnica em Segurança e Medicina do Trabalho e, diante das estatísticas recentes, a discussão de medidas que promovam uma prevenção mais efetiva ainda se mostra urgente.

Situação preocupante
De acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), uma pessoa morre no mundo a cada 15 segundos em função de um acidente ou de alguma doença relacionada à sua atividade profissional. Só em 2021, foram 571,8 mil acidentes de trabalhos foram registrados, de acordo com dados do Observatório de Saúde e Segurança do Trabalhador, do Ministério Público do Trabalho. O levantamento do Observatório também revela que 2,5 mil dessas notificações de acidentes resultaram em mortes.

A maior parte das ocorrências são relativas a cortes e lacerações, com 21% dos casos, fraturas vêm em segundo lugar, com 18%. O setor hospitalar é aquele com mais notificações (quase 548 mil casos), seguido de perto pelo comércio varejista, com predominância de produtos alimentícios (hipermercados), com aproximadamente 198 mil notificações.

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