Anamatra discute formatação de campanha solidária para ajudar pessoas em situação de insuficiência alimentar

Iniciativa arrecadatória deve ter início em meados de abril

Dirigentes da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) reuniram-se, nesta quarta (31/3), com assessorias da entidade, para discutir a formatação de campanha solidária para ajudar pessoas em situação de insuficiência alimentar.

A ideia da entidade é arrecadar recursos financeiros destinados a compra de mantimentos, em especial para aquelas famílias que sentem o impacto da fome em um dos piores momentos da pandemia da Covid-19.

Mais detalhes sobre a campanha, como destinação de valores, escolha de entidades, entre outros aspectos serão divulgados em breve.

Para a presidente da Anamatra, Noemia Porto, “compreensão sobre o grave momento em que vivemos, sensibilidade social e a prática da solidariedade norteiam a entidade na formatação e na implementação dessa campanha humanitária, esperando que ela seja efetivamente exitosa”.

Pesquisa - Estudo recente do Insper Naercio Menezes Filho e Bruno Komatsu, antecipado à BBC News Brasil, alerta para o fato de que o valor de R$ 250 que serão pagos a partir de abril pelo novo auxílio emergencial não são suficientes para cobrir as necessidades básicas dos beneficiários em nenhuma das 27 unidades da federação, seja na zona rural ou nas cidades.

A pesquisa divide os cenários entre a extrema pobreza, que mede a renda mínima para que o indivíduo faça ingestão necessária de calorias em um dia, e pobreza, que inclui o atendimento de necessidades básicas além da alimentação, como higiene.

Nos Estados em que a linha de pobreza é mais baixa - ou seja, em que o custo para comprar alimentos e itens básicos é menor -, o valor mínimo foi calculado em R$ 154 por pessoa. É o caso da zona rural de Rondônia, Amazonas, Roraima, Pará, Amapá e Tocantins.

Ou seja, uma família de quatro pessoas com rendimento de um salário mínimo (o equivalente a R$ 275 por pessoa) nesses locais estaria acima da linha de pobreza.

Em áreas urbanas nesses mesmos Estados, contudo, o valor praticamente dobra, para pouco mais de R$ 300. Nesse caso, usando o mesmo exemplo, uma família de quatro pessoas com rendimento de um salário mínimo vive abaixo da linha de pobreza.

O valor mais alto foi identificado em Goiás, tanto em área rural (R$ 231) quanto urbana (R$ 402). São Paulo tem a linha de pobreza mais alta entre as 11 regiões metropolitanas pesquisadas: o nível de renda mínimo para que uma família fique acima dela é de R$ 592 por pessoa.

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