Movimento Humanos Direitos recebe indicações para o Prêmio João Canuto até 5 de setembro

Iniciativa é direcionada a pessoas e instituições que se destacam nas diversas frentes dos Direitos Humanos

O Movimento Humanos Direitos (MHuD) recebe até o dia 5 de setembro indicações para o Prêmio João Canuto. A iniciativa, promovida pelo MHuD por meio do Fórum dos Direitos Humanos desde 2004, visa a premiar pessoas e instituições que se destacam nas diversas frentes dos Direitos Humanos.

O MHuD sugere que as indicações sejam feitas por pessoas e organizações que atuem na área de Direitos Humanos. Atendendo a estes pré-requisitos, o interessado deverá indicar (1- nome da pessoa ou instituição sugerida); (2- o motivo da indicação) e (3- telefone e e-mail do indicado), por meio do site www.humanosdireitos.org na parte superior no “Fale Conosco”.

A data provável do evento ainda está sendo definida e será realizado no mês de dezembro.

Veja aqui a lista dos homenageados das edições passadas. 


Quem foi João Canuto

Após várias ameaças de morte, o dirigente sindical, João Canuto, foi assassinado com 18 tiros, no dia 18 de dezembro de 1985. Ele era perseguido principalmente por sua luta pela reforma agrária. O crime foi planejado por um grupo de fazendeiros do sul do Pará, entre eles Adilson Carvalho Laranjeira, fazendeiro e prefeito de Rio Maria na ocasião do assassinato, e Vantuir Gonçalves de Paula. O inquérito foi concluído oito anos após a ocorrência do crime. A denúncia foi feita pelo Ministério Público apenas em 1996. Um ano depois, sob ameaça da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos) de condenar o governo brasileiro pela demora na apuração dos fatos, o andamento do processo foi agilizado. Em 1999, o Brasil foi condenado pela Comissão Interamericana devido à lentidão na apuração do caso. Sob pressão de organizações de direitos humanos, em 2001, os dois acusados foram pronunciados como mandantes do assassinato.

Vale ressaltar, entretanto, que a perseguição e violência contra os trabalhadores rurais continuam na região. Cinco anos após a morte de Canuto três de seus filhos, Orlando, José e Paulo, foram sequestrados e dois deles foram assassinados. Orlando sobreviveu, mas ficou gravemente ferido. Expedito Ribeiro, sucessor de Canuto na presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, foi assassinado em 2 de fevereiro de 1991. Um mês depois, Carlos Cabral, sucessor de Ribeiro e genro de Canuto, foi ferido num atentado a bala.

*Com informações e foto do site www.humanosdireitos.org

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