Anamatra divulga resultado de pesquisa sobre saúde dos magistrados trabalhistas

Dos 706 juízes que responderam ao questionário, 33% estiveram de licença-médica nos últimos 12 meses

A Anamatra realizou pesquisa sobre a situação de saúde e condições do exercício profissional dos magistrados trabalhistas do Brasil. Ao todo, 706 juízes associados à entidade responderam ao questionário, correspondendo a 20,6% da totalidade do quadro de associados.

Os primeiros resultados foram apresentados nesta quarta-feira (25/05) pela coordenadora da pesquisa, professora Ada Ávila Assunção, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e pelo diretor de Prerrogativas da Anamatra, Germano Siqueira.

De acordo com os dados levantados, nos últimos 12 meses, 33% dos juízes estiveram de licença-médica e, nos últimos 30 dias, 26% deixaram de realizar tarefas habituais devido a algum problema de saúde.

Ainda sobre a saúde dos participantes, 41,5% declararam ter diagnóstico médico de depressão, 17,5% informaram usar medicamentos para depressão ou ansiedade, 54% dormem mal, 28% estão tristes atualmente e 51% disseram ser frequentemente ou muito frequentemente vítimas de insônia.

Trabalho nos fins de semana

A pesquisa revelou dados relevantes sobre a rotina atribulada dos magistrados, mostrando que mesmo quando estão fora da Vara ou do Tribunal permanecem exercendo as atividades da prestação jurisdicional. Dos 706 participantes, 84% costumam trabalhar em casa, 70% declararam trabalhar aos finais de semana e 64% disseram trabalhar nas férias.

Foram minuciosamente estudadas as condições de trabalho existentes na atualidade, e as exposições a eventos e situações, sendo elas, as seguintes: Vivência de Situação agressiva, Controle sobre o trabalho, Demandas físicas, Demandas psicológicas e emocionais, Apoio social, Recompensas obtidas no trabalho, Satisfação no trabalho, Conforto no trabalho, Características do ambiente de trabalho.

O estudo se orientou por todos os preceitos éticos e foi controlado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFMG, tendo sido oferecido a todo magistrado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido no momento de acesso ao site da pesquisa.  

Clique aqui para ler a síntese da pesquisa.

 

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